A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta quinta-feira (6) a primeira morte por febre amarela em um morador da cidade neste ano. A vítima, um homem de 39 anos residente na área rural de Sousas, não havia sido vacinada contra a doença. Ele apresentou os primeiros sintomas em 21 de janeiro e procurou atendimento médico no Hospital Walter Ferrari, em Jaguariúna, no dia 28, apresentando sinais de hemorragia e insuficiência renal. O óbito ocorreu em 3 de fevereiro, com a causa sendo confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz.
Diante desse caso, a prefeitura intensificou a vacinação contra a febre amarela para moradores de áreas rurais, de mata ou com características de floresta desde 20 de janeiro, após a detecção de um macaco morto na região do bairro Carlos Gomes que testou positivo para a doença. A presença de primatas infectados serve como alerta para a circulação do vírus. Equipes de saúde estão realizando vacinação domiciliar nas áreas de alto risco, abrangendo 26 Centros de Saúde. A orientação é que todos os moradores de Campinas, a partir de 9 meses de idade, que ainda não receberam a dose, compareçam aos centros de saúde para a aplicação. Pessoas a partir de 5 anos que já tomaram uma dose ao longo da vida não precisam de reforço.
A Secretaria de Saúde alerta para o maior risco de transmissão da febre amarela em zonas rurais e reforça a importância da vacinação como principal medida preventiva. O último caso confirmado de febre amarela silvestre em humano em Campinas havia sido registrado em 2017, também na região de Sousas, e o paciente se recuperou.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda transmitida por mosquitos infectados. Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, pode ocorrer febre alta, icterícia, hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível nos postos de saúde do município.
Foto: Rogério Capela/PMC